Apologia da Grande Obra Alquímica - Alquimia Operativa

Alquimia

Apologia da Grande Obra Alquímica

Daniél Fidélis ::
Escrito por Daniél Fidélis :: em 18/10/2021
2 min de leitura
Apologia da Grande Obra Alquímica
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Apologia da Grande Obra é um texto do alquimista francês Louis Grassot, publicado em 1784.

O artigo descreve, com muitas reservas, o trabalho alquímico. Na verdade, ele suscita mais perguntas do que respostas. Por essa razão, após as palavras de Grassot, comentamos algumas passagens relevantes do texto.

A Grande Obra dos Sábios

A Grande Obra dos Sábios ocupa o primeiro lugar entre as belas coisas: a Natureza, sem a Arte, não a pode acabar; e a Arte sem a Natureza não a pode empreender: Trata-se de um obra-prima que limita o poder de ambas.

Seus efeitos são tão miraculosos, que a saúde que ela proporciona e conserva nos vivos, a perfeição que ela dá a todos os compostos da Natureza e as grandes riquezas que ela produz de um modo todo químico não são as suas mais altas maravilhas.

Se o Grande Arquiteto do Universo fez dela o mais perfeito agente da Natureza, pode-se dizer, sem medo, que ela recebeu o mesmo poder do Céu no que tange à moral. Se ela purifica o corpo, ilumina os espíritos; se ela leva os mistos ao ponto mais alto de sua perfeição, ela também pode elevar nossa inteligência aos mais altos conhecimentos.

A Grande Obra possui uma natureza física e espiritual, onde a primeira não é feita sem a segunda.

Daniél Fidélis ::

Ela é a salvadora do grande Mundo, pois purga todas as coisas das manchas originais e repara com sua virtude a desordem de seu temperamento. Ela subsiste num perfeito ternário de três princípios puros, realmente distintos, e que, no entanto, constituem uma única natureza.

É originariamente o Espírito Universal do Mundo, corporificado numa Terra virgem, sendo a primeira produção ou a primeira mistura dos elementos no primeiro ponto de seu nascimento.

Ela é trabalhada em sua primeira preparação, verte seu sangue, morre, entrega seu espírito, é sepultada em seu recipiente; sobe ao Céu, toda quintessenciada, para examinar os santos e os doentes, destruindo a impureza central de uns e exaltando os princípios de outros, de modo que não é sem motivo que ela é chamada pelos Sábios de salvadora do grande Mundo e de figura do Salvador de nossas almas.

Pode-se dizer, com justiça, que, se ela produz maravilhas na Natureza, introduzindo nos corpos uma grande pureza, ela também faz milagres na moral, iluminando com as mais altas luzes o nosso espírito.

Comentários de Daniél Fidélis

A Grande Obra possui uma natureza física e espiritual, onde a primeira não é feita sem a segunda.

No plano físico, nada mais é do que a consecução da Pedra Filosofal. E, não entrarei na discussão a respeito de sua possibilidade. Que cada estudante busque o próprio entendimento sem impor aos demais as suas conclusões.

No plano espiritual, o entendimento do que vem a ser a Grande Obra varia de tradição para tradição.

No âmbito da Irmandade Hermética da Sagrada Arte, IHSA, a Grande Obra espiritual representa os sucessivos avanços e exaltações até que ocorra a unidade entre o Ser e o Criador.

A partir do segundo parágrafo, o alquimista francês indica que a Grande Obra, enquanto conjunto de processos de retificação nos diferentes reinos da Natureza, ou seja, no plano físico, não se compara ao que é capaz de proporcionar no plano espiritual.

Em seguida, ele menciona o termo “três princípios puros”. Esses três princípios são as três substâncias alquímicas: Mercúrio, Enxofre e Sal. Respectivamente: Espírito, Ânima e corpo.

As três substâncias são diferentes entre si, mas formam a unidade de todo e qualquer corpo.

Alquimia é o entendimento e aplicação dos Quatro Elementos e das Três Substâncias.

Daniél Fidélis ::

No Reino Vegetal, por exemplo, por meio das operações espagíricas, podemos dividir a erva medicinal em três partes: óleo essencial (Enxofre ou Ânima), álcool da planta (Mercúrio ou Espírito) e sal (Sal ou corpo).

Essas três substâncias são diferentes, mas formam uma unidade antes da abertura do vegetal.

O mesmo fato ocorre no plano celestial em relação ao Pai, Filho e Espírito Santo. São diferentes entre si, mas formam uma mesma unidade.

O termo “quintessenciada” se refere ao estado exaltado do elixir alquímico-espagírico. A quintessência é obtida a partir do Solve et Coagula.

Ou seja, a matéria é dividida em três partes (enxofre, mercúrio e sal), retificada ou purificada, reunida e maturada por meio de destilações e circulações.

Enfim, podemos extrair as mais belas analogias a partir do texto, na medida em que o nosso conhecimento dos preceitos alquímicos é conquistado.

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